4 de out. de 2013

Vencer pelo Amor



Dentro do êmbolo da matéria
   feito de datas, seres, cores, sons & sentimentos,
Eu ando pelas ruas
& todos os momentos do dia tem um pouco de desamparo.
Todas as horas
   tem um pouco da dormência da meia-noite
      & falam da loucura do meio-dia...

Imundos de tanta pressa & ilusões
Ninguém que socorre ganha
& toda a competição é só para esconder insatisfações.
Só vale a pena vencer pelo amor!

Eu sou um foco de solidão & completude;
Eu sou o cerne do próprio querer,
Onde a alma agradece todo penar & prazer
& o espírito busca me fazer
    esquecer dos medos...

A falta nos enche de fúria
Teus olhos me desorientam pelos cantos
Mas a calma me conta
   que irei de vencer pelo amor!

Nem só de estradas bem feitas
   é feito o mundo diante meus olhos.
Eu vejo abismos & galáxias nos sorrisos
   que dou & recebo
Enquanto procuro nos outros
   resquícios de que meus sonhos se realizando...

Cravei na minha pele
   como cravado foi o caos & o nada...
Concordei em me ensinar
   como ensina a beleza & a amplidão...
Que só se pode vencer pelo amor!

& é sempre nas tardes que desfaleço;
Por essas horas que as vagas do dia
   cobram em cansaço
      o preço de se ser só;
Um terço da esperança que se perde
   em cada quarto da vigília...

Nesse mundo de pressa & ignorância
Onde ninguém que corre ganha
& toda a competição é só para esconder um vazio
Só vale a pena vencer pelo amor!
E quando na noite
   já sou quase um apelo de silêncio,
Ainda me enche a força do coração
   garantindo que amanhã, com o Sol
      seja o dia que for no fim do mundo,
Que eu ainda posso começar tudo de novo...

A fúria me fala das faltas,
Teus olhos me orientam para teus encantos,
Mas a calma sempre me conta
   que só hei de vencer pelo amor!